Aplicar o conceito ESG no setor imobiliário envolve o desenvolvimento de projetos sustentáveis e a adoção de boas práticas ambientais, sociais e de governança em todos os processos que envolvem uma obra.

Inúmeras pesquisas de mercado apontam que os consumidores estão muito atentos à sustentabilidade, da mesma forma que priorizam produtos/serviços de marcas que adotam práticas ESG.

Uma pesquisa divulgada em junho de 2023, no portal da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), indica que 95% dos brasileiros preferem produtos e serviços de empresas que investem em práticas sustentáveis.

Outro dado importante da pesquisa é que 64% dos brasileiros já deixaram de comprar algum item ou frequentar um estabelecimento ao saber que a empresa, seus gestores ou funcionários não tiveram um comportamento ético.

O mesmo acontece quando o assunto é atrair investimentos para o seu negócio. Segundo matéria da Revista Exame, 99% dos investidores preferem aplicar seus recursos em empresas ESG.

Apesar de 71% das empresas do setor imobiliário já adotarem práticas ESG, a maioria dessas gestões ainda não consegue focar nos três pilares, o ambiental, social e governança.

Por isso, continue a leitura e conheça os desafios e as perspectivas para um futuro mais sustentável na construção civil.

 

O ESG aplicado ao setor imobiliário

ESG é uma sigla em inglês para:

  • E– Environmental (ambiental),
  • S– Social (social),
  • G– Governance (governança).

No dia a dia corporativo, o conceito implica na conscientização e adoção de práticas e estratégias que demonstrem que a empresa atua com responsabilidade ambiental, social e corporativa.

O estudo “ESG na Prática”, realizado em 2022 pelo Centro de Tecnologia de Edificações em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrinc), aponta que:

  • 71% das empresas do setor imobiliário, na época, adotavam práticas ESG,
  • as outras 29% estavam em fase de implementação.

 

As melhores práticas de ESG para o setor

Uma empresa ESG no setor imobiliário pensa muito além do cumprimento das legislações vigentes que envolvem questões ambientais, sociais e de governança corporativa.

Então, ser ESG é repensar o modelo de economia tradicional que visa apenas o lucro e adotar práticas efetivas de sustentabilidade.

Essas práticas envolvem:

1 – Projetos de empreendimentos inteligentes e sustentáveis que promovam a melhoria na vida das pessoas e a preservação do planeta.

Nesse quesito, o projeto deve prever o uso máximo da luminosidade natural, energias renováveis e a economia de recursos hídrico e energético.

Deve também considerar os elementos naturais da localidade, como a presença de vegetação e ecossistemas aquáticos, fauna e flora. Lembrando ainda que projetos inteligentes são inclusivos e garantem a acessibilidade para todos.

2- Ações que reduzam os impactos ambientais em todas as fases que envolvem a obra, com adoção de medidas que contribuam efetivamente na redução de:

  • uso de materiais,
  • emissão de carbono,
  • consumo de energia e água,
  • geração de resíduos.

O ideal é que os materiais usados nas obras ofereçam baixa ou nenhuma toxicidade e que sejam recicláveis

Por isso, o conceito ESG envolve ainda toda uma questão de responsabilidade social que inclui o cuidado e a proteção aos direitos humanos, bem como os impactos que o empreendimento poderá causar na comunidade onde está localizado, sem contar a ética e a transparência corporativa.

 

Quais são os principais desafios para implementar o ESG?

O setor imobiliário ainda enfrenta muitos desafios para implementar o ESG.

No estudo feito pelo Centro de Tecnologia de Edificações e pela Abrainc, mencionado na  nossa introdução, informamos que 71% das empresas do segmento adotam medidas de ESG, porém, o levantamento revela que apenas 33% delas conseguem focar nos três pilares.

Entre os principais desafios para adotar o ESG, temos a dificuldade do empreendedor em investir em tecnologias sustentáveis.

Sem contar que materiais ecologicamente corretos tendem a ser mais caros, impactando no orçamento empresarial e no custo ao consumidor.

Outro desafio é a criação de oportunidades de emprego inclusivas e a dificuldade em organizar com clareza e transparência seus sistemas de prestação de contas e divulgá-los.

Porém, o cenário é animador, com a crescente demanda por investimentos em sustentabilidade, espera-se uma evolução tanto das empresas quanto dos investidores imobiliários.

Agora que você conferiu como o ESG impacta na construção de um mundo melhor para todos, que tal continuar em nosso blog e saber mais sobre a recuperação de créditos imobiliários: como superar os desafios do mercado em 2024?

(Imagens: divulgação)