Chegamos a metade de 2024 com a intenção de compra de imóveis em alta.
Essa realidade já havia sido constatada no ano de 2023, quando, de acordo com Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi divulgado que as vendas de imóveis residenciais tiveram um acréscimo de 32% quando comparadas com o ano anterior.
No entanto, o Brasil ainda convive com um gigantesco déficit habitacional.
A Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, através de uma pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), divulgou recentemente que será preciso construir 6 milhões de casas ou apartamentos em nosso país para atender a demanda por moradia.
Então, a predominância desse déficit se dá em famílias que recebem até dois salários mínimos mensais, portanto, 74,5% da população.
Neste post, apresentaremos como anda a intenção de compra de imóveis em 2024, apresentando números e as fontes de crédito para viabilizar a diminuição do déficit habitacional no Brasil. Continue a leitura e confira!
A intenção de compra de imóveis no primeiro trimestre de 2024
O brasileiro, definitivamente, resolveu adquirir a sua casa própria e sair do aluguel.
A realidade é comprovada no relatório da Brain Inteligência Estratégica, quando apresenta os dados da pesquisa realizada no primeiro trimestre de 2024, onde 41% dos brasileiros entrevistados afirmaram que desejam adquirir um imóvel nos próximos 24 meses.
Esse número apontou um acréscimo de 11 pontos percentuais quando comparado a pesquisa divulgada em novembro de 2023 e 17% com relação ao mesmo período do ano passado.
Isso significa que, se depender da população brasileira, os resultados no segmento imobiliário em 2024 serão muito positivos.
O aumento do número de vendas e lançamentos
Como visto, as vendas de imóveis em 2023 apresentaram um acréscimo muito significativo quando comparados aos resultados de 2022. No entanto, o número de lançamentos recuou 2% no período, totalizando 118 mil unidades.
Apesar disso, considerando os valores envolvidos nesses lançamentos, houve um acréscimo de 10,1%, demonstrando que as construtoras estão apostando em imóveis com preços mais altos.
Os resultados em vendas do primeiro trimestre de 2024 seguem também em alta, pois, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi registrado um acréscimo de 6% em unidades residenciais novas.
É interessante lembrar que, normalmente, o primeiro trimestre é o período mais fraco em termos de negociações, portanto, as previsões são otimistas para a continuidade do ano.
Também se espera que na continuidade do período exista um aumento nos lançamentos, uma vez que a demanda continua crescendo e as construtoras e incorporadoras estão percebendo essa movimentação.
Fontes de crédito que contribuem para alavancar a compra de imóveis
Outro ponto positivo com relação à compra de imóveis em 2024 diz respeito às fontes de crédito e a influência econômica do país.
A retomada do programa “Minha Casa, Minha Vida” e a expectativa de que os segmentos econômicos e de luxo continuem em alta provocam transformações no mercado imobiliário.
Isso se dá em função de alguns fatores, tais como:
- população brasileira mais otimista,
- desemprego em baixa,
- redução do endividamento,
- crescimento do PIB,
- mais fontes de crédito,
- menores taxas de financiamento.
Para se ter ideia a esse respeito, no ano de 2023 as fontes de crédito alternativo ultrapassaram os recursos da caderneta de poupança, um acontecimento inédito em nosso país.
Estima-se que essa situação perdure em 2024, especialmente com relação às seguintes fontes:
- fundos de investimento,
- letra de crédito imobiliário (LCI),
- certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
As expectativas são otimistas, esperando-se um aumento na procura e na compra de imóveis por parte da população, além de lançamentos imobiliários por parte das construtoras e incorporadoras.
Quer saber mais sobre o segmento imobiliário no Brasil? Acompanhe o blog da Descco e mantenha-se sempre atualizado!
(Imagens: divulgação)